O
MONGE E O ESCORPIÃO[1]
Certa
vez um monge idoso caminhava pelas proximidades da margem de um rio, quando
percebeu que um escorpião deslizara para a água e estava prestes a se afogar.
O
velho monge, então, apressou-se em recolher o escorpião, todavia, no afã de
salvá-lo, ousou tocá-lo e, por isso, terminou por ser ferroado.
Em
razão da dor, o monge, instintivamente, largou o escorpião que tornou a cair n’água.
Recuperado
do susto, o monge, então, mui diligentemente, apanhou dois gravetos e retirou o
escorpião das águas, devolvendo-o à segurança do solo firme.
Então,
um jovem Chela[2]
que o acompanhava perguntou ao velho monge, por que salvar um ser que só possuía
peçonha em si e que acabara de ataca-lo.
O
Mestre prontamente respondeu: “Ele tem a sua natureza e eu tenho a minha”.
É
só.
Muito interessante!
ResponderExcluirExato, somos o que somos, não nos podem cobrar...
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