A
Linguagem e o Diálogo
Duas coisas foram
fundamentais na formação da personalidade, ou ego como o conhecemos: a) o
instituto da propriedade privada; b) a linguagem.
O homem moderno, já dizia
Lacan é formado pela linguagem, ou seja, em função dos relacionamentos que se
estabelecem pela comunicação.
A palavra, objeto da
comunicação, mas não o único, é um significante ao qual atribuímos significado
e, este último, é obrado pela mente.
Se a mente produz o pensamento e este se faz
pela obra mental através da linguagem, isto significa que a observação do fluxo
via diálogo pode ser eficaz para a percepção da realidade.
Os participantes do diálogo
podem conduzir-se através de um tema previamente escolhido e manter,
concomitantemente, a atenção e prática do CHASI.
Sócrates se utilizava do
diálogo, Krishnamurthi também. O Buda conduziu um diálogo com um homem
importante que achava que o “eu” era o mais importante e através deste ponto a
visão daquele homem se abriu para o real.
O Swami Sarvananda, uma vez,
conduziu um diálogo com o autor deste texto que foi, para ele, uma verdadeira
iniciação. Depois deste primeiro diálogo, muitos outros se seguiram,
configurando-se em verdadeira meditação conjunta conduzida pelo Swami.
Este é sem dúvida um meio
alcançável a todos e que os Sarvas se valem e podem se valer de forma eficaz.
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