domingo, 10 de fevereiro de 2013

O MONGE E O ESCORPIÃO


O MONGE E O ESCORPIÃO[1]


Certa vez um monge idoso caminhava pelas proximidades da margem de um rio, quando percebeu que um escorpião deslizara para a água e estava prestes a se afogar.
O velho monge, então, apressou-se em recolher o escorpião, todavia, no afã de salvá-lo, ousou tocá-lo e, por isso, terminou por ser ferroado.
Em razão da dor, o monge, instintivamente, largou o escorpião que tornou a cair n’água.
Recuperado do susto, o monge, então, mui diligentemente, apanhou dois gravetos e retirou o escorpião das águas, devolvendo-o à segurança do solo firme.
Então, um jovem Chela[2] que o acompanhava perguntou ao velho monge, por que salvar um ser que só possuía peçonha em si e que acabara de ataca-lo.
O Mestre prontamente respondeu: “Ele tem a sua natureza e eu tenho a minha”.
É só.



[1] Este conto é dedicado àqueles que questionam a natureza alheia e as razões de suas ações;
[2] Chela é discípulo ou noviço;

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A BUSCA II

A BUSCA II


Na data marcada, meu amigo, que tinha ido na sala de yoga do Swami, me ligou informando que ele tinha deixado um envelope para cada um de nós.

Dirigi-me para a casa dele e me surpreendi ao perceber que era a nossa primeira instrução espiritual.

Era denominada de instrução probacionista número "um" e isso me deixou muito feliz.

Mas, confuso como sempre, não comecei na data indicada pelo Swami e, por isso, a data teve que ser remarcada.

Fomos, ambos, em uma quarta-feira à sala da rua Goitacázes, 43 e informamos que não iniciáramos a prática na data, razão pela qual ela foi remarcada, o que foi a primeira, mas não a última prova de paciência do meu Mestre para comigo.

Devo dizer que, naquela oportunidade, ao adentrar na sala, percebi que estava em um ambiente totalmente diferente e indescritível para mim.

Fomos embora e, desta vez, na data aprazada, começamos a prática, e então eu nunca mais parei...

Por enquanto é tudo. Até a próxima.