quarta-feira, 17 de abril de 2013

Dharma e Karma II

Dharma e Karma

O dharma não pode ser despertado, ele está ligado ao conceito original de castas em vigor na Índia quando da elaboração do Bhagavad Gita. Ele pode apenas ser compreendido quando da consciência do Si.
A partir de então a cadeia de eventos que se seguem são deflagradas por uma consciência plena (karma).
O verdadeiro karma yogue agi em função de seu dever, dharma e nuna fundado em qualquer objetivo ou resultado.
No Ocidente, em razão da era industrial,  interpretou-se o dharma como uma questão profissional ou funcional e como somos individualistas, competitivos e nossa sociedade hierarquizada, causamos um conflito interno ao supor que o indivíduo sempre tem que produzir materialmente, galgar graus em uma carreira, etc. para que possa realizar o seu dharma.
Nada mais equivocado. Trata-se, simplesmente, á partir do Si, ocupar o seu lugar no Cosmo e nada mais, fazendo parte da rotação das engrenagens que permite a expansão da vida.
Com isso, para nós, como não poderia deixar de ser, o ocidental imagina que o karma é a reação das suas ações que sempre voltará para ele, mas na verdade, não existe este ele, e as ações giram em torno do eixo central que expede e recebe vida eternamente.
Pensa, ao interpretar as leis do renascimento, que aquela mesma personalidade haverá de incorporar  de novo a matéria e dar continuidade à sua saga.
Para o budista e o hinduísta original, tudo se passa em função da expansão contínua da vida que se manifesta, constantemente, na matéria densa ou sutil.
Muitos renascimentos implicam na manifestação constante da Vida no plano mais denso e, toda vez que a Vida abandona aquela parcela de matéria, ela retorna em outra, ou em outras, tudo em razão da funcionalidade (dharma e karma).





O maior ato de ahimsa (não violência) consiste em compreender quem é e viver de acordo, pois de outra forma viveremos a eterna agressão de auto violentar-se, gerando todas as etapas de violência posteriores.
A maior experiência de satya (verdade) é viver de acordo com a real e profunda consciência do Si.
O maior sacrifício (sagrado ofício ou fazer a coisa sagrada), é viver de acordo com o seu dharma, cumprindo, pois o karma individual e coletivo.
Essa é a essência do pensamento constante no Bhagavad Gita quanto á tais conceitos e princípios.
Cabe a cada um vive-los na medida de sua compreensão.
Só assim haverá Paz no coração do Ser e, por conseqüência, no mundo.
Como saber se vive na consciência plena e se vive conforme o seu Dharma?
Existe conflito interno, violência nos recônditos da mente, a paz e a harmonia não estão presentes? Então esta parte do Ser permanece intocada






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