sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A Parábola do Lenhador

A Parábola do Lenhador

Contava Ramakrishina aos seus discípulos que, certa vez, um lenhador muito pobre dirigiu-se bem cedo para a floresta a fim de ver se conseguia vender, ao fim do dia a madeira que conseguisse cortar.
Ao se aproximar da orla da floresta, ele se deparou com um Guru (literalmente, o dissipador das trevas, em sânscrito) que ali estava e que lhe disse: “Lenhador, aprofunda-te na floresta”.
O lenhador assim o fez e acabou por encontrar uma árvore de sândalo que derrubou e, como era muito grande, cortou partes dela que podia carregar e levou à cidade, onde conseguiu obter um bom dinheiro.
No dia seguinte ele retornou à mata e se dirigiu para o local onde se encontrava o tronco da árvore de sândalo.
O homem santo já não se encontrava no local, mas ao se aproximar da árvore o lenhador se lembrou dele e refletiu: “Ele me disse apenas para me aprofundar na floresta, se ele quisesse que eu viesse e parasse frente a esta árvore ele teria dito: “Lenhador, siga até a árvore de sândalo”.
Pesando assim, ele passou pela árvore e seguiu em frente até que se deparou com uma mina de cobre. Recolheu o que podia e voltou a cidade, onde fez mais dinheiro ainda.
No dia seguinte, com o mesmo pensamento, seguiu em frente, passou pelo sândalo, pela mina de cobre e seguiu, até encontrar uma mina de prata, procedendo da mesma maneira.
Em seguida, seguindo o conselho do Guru, passou pelas riquezas já  encontradas e deparou-se com uma mina de ouro e, no dia  seguinte, com uma mina de diamantes.
Segundo o Bendito Senhor que ele seguiu sempre em frente, encontrando, cada vez tesouros mais valiosos e incalculáveis.
Ele encerra dizendo que esta é a função do Guru, apontar o caminho e que a natureza do verdadeiro buscador é seguir sempre em frente, não se detendo diante de pequenas vitórias ou poderes ilusórios, aprofundando-se em seu âmago, atravessando a floresta da ilusão.

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