DEUS
É FIEL
Uma das questões mais
controvertidas é a relativa a fé, sobretudo no que diz respeito à
religiosidade.
É de conhecimento amplo que
fé vem de do grego “fides” que
significa confiança e fidelidade.
Entretanto, o mero
significado etimológico da palavra não é suficiente para explicar a profunda
significância da fé e da fidelidade para a religião e o seu significado.
O seu fundamento está no
monoteísmo Judaíco.
O
Monoteísmo Judaíco
O Judaísmo introduz o
monoteísmo, mas não da forma como nós o vemos atualmente.
Os hebreus da antiguidade
não acreditavam em um único Deus, na verdade criam em seres divinos e
divinatórios, mas serviam a apenas um. Servindo a apenas um, estabeleciam com
este Deus um pacto que implicava em fidelidade ao pactuado.
O
Matriarcado
Antes do patriarcado imperou
o matriarcado e se vê sinais dele na Bíblia, em especial no Gênesis, quando
Deus estabelece uma nação a partir da linhagem de Sarah (não de Abraão
simplesmente, pois Ismael também era seu filho. Além do mais sabe-se que depois
da morte de Sarah, Abraão teve outros filhos.
É curioso ressaltar, que,
levando-se em contra a imaculada conceição, Jesus descende de David pela
linhagem materna.
Os
Pactos
Deus faz um pacto com Adão
que o viola e por isso é expulso do Eden. Com a morte de Abel, Deus faz um
pacto com Caim, dando-lhe um sinal para que não o matem.
Posteriormente Deus faz um
pacto com Noé para salvá-lo e outro, depois do Dilúvio para que o mundo não
seja mais destruído em águas.
Deus determina a saída de
Abrão de sua terra (Ur) e com ele faz um pacto. Outros pactos foram celebrados
com Abrão e deste se exigia fidelidade (servir unicamente a este Deus).
Depois se dá o mesmo com
Isaac e, finalmente com Jacó, visto que este, por sinal, erigiu monumentos em
memória de tais pactos.
Assim, portanto, foi
realizado em várias vezes, dando origem ao instituto da fé.
A fé é o exercício da
fidelidade em razão do cumprimento do pacto celebrado entre as partes (Deus e o Homem).
Deus será fiel ao pacto,
desde que o homem (Adão, Caim, Noé, Abraão, Isaac, Jacó, José, etc...) seja
fiel também.
O que não se sabe é quem
eram os seres a quem atribuíam o título de Deus e a quem o pacto alcança.
Conclusão
Conclui-se que a fé,
originalmente é resultado de um pacto celebrado entre alguém e outro a quem se
atribui uma condição Divinatória.
De outra forma é uma
obrigação resultante de um pacto.
Ela não obriga a todos, mas
somente os pactuantes e, às vezes, seus descendentes.
A fé, ao contrário do que se
pensa, faz supor a crença na existência de vários Deuses, mas a aderência a um
único, específico, com quem celebrou-se o pacto.
As condições do pacto são
específicas e não genéricas.
Está intimamente ligada a
cultura hebréia e semita (descendentes de Sem).
Resta saber, por fim, se
existe relação entre tal cultura antiga e mesopotâmia e a nossa.
Resta saber, por fim, se
este vocábulo fé, empregado religiosamente, tem algum significado para nós.
Temos algum pacto? Nós nos
comprometemos em alguma época com algum desses Deuses?
É tudo por enquanto.
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