Buda,
Budismo e Ioga
Sidartha, quando adentrou na
floresta se fez discípulo de iogues tradicionais e se utilizou deste sistema
para atingir o equilíbrio necessário.
Chegou a atingir estados
profundos e sutis de consciência, inclusive o samadhi, mas percebeu que neles
não se continha a libertação final que almejava.
A partir disso, buscou
alcançar o estado de libertação interior absoluto e o obteve através de
eclosões contínuas, até que percebeu que este, finalmente se acercara e o
atingiu.
Deixando de lado a mitologia
e toda alegoria que envolve tal assunto e que os seguidores formaram através
dos tempos, podemos perceber que Sidartha se utilizou dos métodos clássicos
como base, mas, depois, foi além e através da espontaneidade, permitiu que o
que era natural ao ser se manifestasse.
Sidartha percebeu que a raiz
do mal estava na ignorância e que esta era criada por Mara, que empoeirava a
realidade.
Derrotando Mara e, por
conseguinte, livre da ignorância o real se tornou definitivamente manifesto.
Mara, nada mais é do que a mente e samsara a torrente de pensamentos que cria o
Karma e agrilhoa o ser humano.
O Buda foi um iogue avançado
e que encontrou uma forma de se tornar livre da ignorância.
Seu método é uma
simplificação da tradição oriental clássica, pois prega o caminho das oito
sendas, mas isso se resume em harmonia física, emocional, mental, concentração,
meditação e samadhi, atingido a realidade superior depois disso, ou seja, a
real e perene meditação que chamou nibbana ou nirvana.
Utilizou-se da meditação no
sentido amplo, para que os homens se guiassem na sua própria senda, valendo-se,
inclusive do diálogo.
Longe de ser um santo
isolado nas florestas ou montanhas, estava sempre nos grandes centros ao dispor
daqueles que procuravam a liberdade.
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