quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

SWAMI VIVEKANANDA

S W A M I  V I V E K A N A N D A

            Não pretendemos com estas modestas linhas traçar dados biográficos daquele que foi o sucessor do Grande Mestre Bhagavan Sri Ramakrishna, mas tão somente trazer aos nossos amigos leitores algumas informações sobre o seu caráter e modo de ser.

            Era um homem forte e determinado, aparentando até certa arrogância que ocultava uma alma sensível e delicada. Espiritualmente apaixonado era de temperamento alegre, todavia sua alegria era marcada por uma expressão triste nos olhos que muitas vezes mostravam uma força quase feroz.

            Embora líder entre seus  irmãos discípulos, era solitário em seu íntimo e tinha uma forma pessoal de viver as coisas, bem como de se relacionar com o Mestre e seus codiscípulos,embora respeitoso à sua maneira.

            Ansiava por liberdade e evitava os formalismos excessivos.

            Tinha formação acadêmica, já que era formado em Direito pela Universidade de Calcutá. Estudou música e praticou equitação, jiu jitsu, remo e pugilismo.

            Trazia na alma, certos tormentos, que os yogues orientais teimam em negar, mas que um dia todos haveremos de enfrentar.

            Foi incançável na divulgação da obra de seu Mestre e, pode se dizer, gastou a sua energia vital em tais atividades até a extinção de sua vida terrena.

            Era admirador da cultura ocidental e do misticismo oriental.

            O jovem Narendra, depois Vivekananda, já ansiava pela realização abstrata, embora impulsionado por seu Mestre que chegou a lhe chamar a atenção por querer permanecer, constantemente, em Nirbikalpa. Em outra ocasião Bhagavan lhe disse: “Não se trata de permanecer em samadhi, mas de perceber a presença Divina em tudo e em todos, independentemente de se encontrar de olhos fechados ou abertos”.

            Quis, com isso, o avançado Mestre quebrar o mito em relação aos estados extáticos e descortinar aos seus discípulos a via da “Mente Abstrata”, que começou a raiar no horizonte do jovem Naren.

            Swamiji teve diversos discípulos e colaboradores de ambos os sexos, tanto ocidentais quanto orientais, a destacar-se Sister Nivedita (Margareth Noble) e Irmã Cristina, sendo um dos primeiros a consagrar Swamis ocidentais.












            Fundou a Ordem de Ramakrisna e uma Ordem de Monjas femininas, em face da impossibilidade de criar-se, na época, uma só Ordem mista.

            Fundou, também, a Missão Ramakrishna, braço externo e mais ocidental da Ordem.

            Foi o primeiro Swami e Yogue Oriental a penetrar no mundo ocidental, logrando resultados e abrindo as portas para outros que se seguiram.

            Compareceu ao Congresso das Religiões de Chicago, em 1894, atendendo à sua precepção superior (viu Ramakrishna, no mar, seguindo sobre as águas em direção ao Ocidente) e a determinação da Mãe Sarada Devi, que lhe disse: “O que esperás? Vá!”

            Aparentemente um intelectual, vivia com paixão intensa a lhe queimar o peito, fato só percebido pelos poucos que o seguiam de perto.
           
            Era diabético e  viu o seu coração ardente praticamente explodir de tantos sentimentos que abrigava.

            Morreu no dia 04 de julho de 1903 aos 39 anos de idade possuído pelo amor à Ramakrishna e aos que o cercaram durante a sua existência.


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