Yoga
ou Yôga
Existem cerca de cinqüenta e
três definições da palavra ioga. A mais comum é atribuir-lhe o significado
literal que é “união”. É uma palavra sânscrita, escrita, originalmente no
idioma devanegari. Deva = Deus, negari = urbe ou cidade. Devanegari quer dizer
o idioma da cidade dos Deuses ou escrita dos Deuses. Não existe assento
circunflexo no idioma. O assento sobre a palavra indica que a vogal deve ser
pronunciada mais longamente, como um cântigo. É um idioma acentuado e não
silábico como o nosso.
O devanagari é escrito da
esquerda para a direita e cada ideograma possui sua vogal, em um total de até
quinze.
O sânscrito, idioma em
desuso, usava tal alfabeto e como originou vários outros idiomas e dialetos indianos
e da região, tais como: hindi, caxemira, marata, sindi, biari, bhili, concani, bhojpuri,
tâmil, bengali. Só a Índia possui 28 dialetos.
O próprio Sidharta falava no
dialeto maghadi, hoje em desuso e que gerou o páli, dialeto em que estão
escritos os sutras budistas.
Assim, lá não se pronuncia
darma, mas dhama, nem karma, mas kama, etc.
Fiz a breve, mas necessária
explanação acima, por conta da diferença de pronúncias entre os dialetos e a
inocuidade de tal discussão em um País jovem e a milhares de quilômetros da
cultural e diversificada Índia e seus inúmeros dialetos.
Adentrar em tal discussão é
a perda do sentido da yoga que, em essência, é meditação.
Discussões meramente
retóricas não cabem no nosso meio. Nosso compromisso é com a realização e
harmonia do ser humano.
Assim como no Brasil existe
diferenças de pronuncias de uma região para outra, com mais acento se dá na
Índia e outras regiões da Ásia, em face da diferença de idioma e de dialetos.
Sugiro que cada qual, sem
perder de vista a origem de sua vertente, pronuncie conforme sua origem, assim
como os budistas clássicos sequer pronunciam darma ou karma.
Nós, da Sarva Yoga, pronunciamos,
em face da nossa origem “a yoga”, vogal aberta, em razão da nossa origem.
Não pretendemos mudar quem
quer que seja, mas, por outro lado, não pretendemos ingressar em uma discussão
sem sentido por questões semânticas.
Swami
Satyananda
ACharya
da OSA
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