A
YOGA, O MUNDO E O SWAMI VIVEKANANDA
Certa feita, nos Estados
Unidos da América, o Swami
Vivekananda, durante uma palestra teve, dirigido a ele, a seguinte pergunta: “O
Senhor disse muita coisa, mas não informou como a yoga pode mudar o mundo.” “Como
isso pode ser feito através da yoga”.
O Swami prontamente
respondeu: “Quem vos disse que é o objetivo da yoga mudar o mundo? Quem vos
disse que o mundo precisa ser mudado ou que não deveria ser como é? Que vos
disse que o mundo não é perfeito”.
Ele, então, prosseguiu
explicando que o objetivo da yoga era promover o progresso do ser humano e que
o mundo foi criado para ser como é, ou seja, um instrumento ou campo de
trabalho e aperfeiçoamento do homem.
Por fim, só o progresso
humano individual e coletivo em termos de elevação de consciência poderia
transformar a vida na Terra, mas, ai, este mundo não seria mais necessário, não
é?
O Swami ainda conta á
parábola que se segue e que se encontra na sua obra Karma Yoga:
“Certa vez um homem pobre e
ávido de desejos procurou um Mestre, pois queria ter um gênio que lhe servisse
e atendesse todos os seus desejos. O Mestre, negou o pedido do homem, sob a
alegação de que isso era muito perigoso.
Porém o homem tanto insistiu
e tanto fez, que o Mestre acabou cedendo e lhe entregou um talismã para que
invocasse o gênio.
Então o homem correu para
casa e recitou o mantra de invocação. Imediatamente surgiu na sua frente um
gênio enorme e de aspecto feroz que assim se pronunciou: “Dai-me trabalho ou te
mato”.
O homem se assustou e se
lembrou da advertência do Mestre, mas tinha tantos desejos que era impossível
que o gênio ficasse sem trabalho.
Assim pediu-lhe um palácio: “Está
feito”. Pediu as melhores roupas, bordadas com fio de ouro: “Está feito”. Joias
e riquezas: “Está feito”. Um banquete: “Está feito”. “Vamos, depressa, dai-me
trabalho ou te mato”. Derruba então aquela floresta e no seu lugar edifica uma
cidade em meu nome e para mim. “Está feito, dai-me trabalho ou te mato.”
O homem começou a entrar em
desespero, pois nada mais tinha a pedir e fugiu em desabalada carreira atrás do
Mestre e foi seguido pelo gênio que bradava “dai-me serviço ou te mato”.
Ao chegar ante ao Mestre,
pediu-lhe ajuda e o Mestre prontamente lhe disse: “Rápido, toma da espada e
corta a cauda enrolada deste cão”.
O homem assim o fez e, uma
vez cortada a causa, esta caiu ao chão tomando a forma retilínea.
O gênio se aproximava e o
Mestre disse: “Ordene a ele que conserte a cauda do cachorro”.
O homem assim o fez e o
gênio, imediatamente colou a cauda do cão que, imediatamente se enrolou. O gênio
tentou e tentou desenrolá-la, mas não conseguiu fazê-lo.
Por fim, o gênio coçou a
cabeça e disse: “Sou um gênio experiente, mas nunca me deparei com um imbróglio
tão grande como esse.” “Se o amo me
liberar dessa tarefa e me libertar, ele pode ficar com tudo que lhe dei e eu
pouparei a sua vida.
E assim foi feito.
O mundo é como a cauda
enrolada do cachorro, é sua natureza ser como é, parece errado, mas surgiu para
ser como é e é perfeito à sua maneira. Nem os mais poderosos podem alterar a
forma.
Não tente mudar o mundo, não
tente mudar o próximo, cuide apenas de ser um emissor e transmissor da Luz.
Swami
Satyananda
Puxa! Grato pelo esclarecimento que pela complexidade é tão simples agora.
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