sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Deus É Fiel


DEUS É FIEL

Uma das questões mais controvertidas é a relativa a fé, sobretudo no que diz respeito à religiosidade.
É de conhecimento amplo que fé vem de do grego “fides” que significa confiança e fidelidade.
Entretanto, o mero significado etimológico da palavra não é suficiente para explicar a profunda significância da fé e da fidelidade para a religião e o seu significado.
O seu fundamento está no monoteísmo Judaíco.

O Monoteísmo Judaíco

O Judaísmo introduz o monoteísmo, mas não da forma como nós o vemos atualmente.
Os hebreus da antiguidade não acreditavam em um único Deus, na verdade criam em seres divinos e divinatórios, mas serviam a apenas um. Servindo a apenas um, estabeleciam com este Deus um pacto que implicava em fidelidade ao pactuado.
O Matriarcado

Antes do patriarcado imperou o matriarcado e se vê sinais dele na Bíblia, em especial no Gênesis, quando Deus estabelece uma nação a partir da linhagem de Sarah (não de Abraão simplesmente, pois Ismael também era seu filho. Além do mais sabe-se que depois da morte de Sarah, Abraão teve outros filhos.
É curioso ressaltar, que, levando-se em contra a imaculada conceição, Jesus descende de David pela linhagem materna.

Os Pactos
Deus faz um pacto com Adão que o viola e por isso é expulso do Eden. Com a morte de Abel, Deus faz um pacto com Caim, dando-lhe um sinal para que não o matem.
Posteriormente Deus faz um pacto com Noé para salvá-lo e outro, depois do Dilúvio para que o mundo não seja mais destruído em águas.
Deus determina a saída de Abrão de sua terra (Ur) e com ele faz um pacto. Outros pactos foram celebrados com Abrão e deste se exigia fidelidade (servir unicamente a este Deus).
Depois se dá o mesmo com Isaac e, finalmente com Jacó, visto que este, por sinal, erigiu monumentos em memória de tais pactos.
Assim, portanto, foi realizado em várias vezes, dando origem ao instituto da fé.
A fé é o exercício da fidelidade em razão do cumprimento do pacto celebrado entre as partes (Deus e o Homem).
Deus será fiel ao pacto, desde que o homem (Adão, Caim, Noé, Abraão, Isaac, Jacó, José, etc...) seja fiel também.
O que não se sabe é quem eram os seres a quem atribuíam o título de Deus e a quem o pacto alcança.
Conclusão

Conclui-se que a fé, originalmente é resultado de um pacto celebrado entre alguém e outro a quem se atribui uma condição Divinatória.
De outra forma é uma obrigação resultante de um pacto.
Ela não obriga a todos, mas somente os pactuantes e, às vezes, seus descendentes.
A fé, ao contrário do que se pensa, faz supor a crença na existência de vários Deuses, mas a aderência a um único, específico, com quem celebrou-se o pacto.
As condições do pacto são específicas e não genéricas.
Está intimamente ligada a cultura hebraica e semita (descendentes de Sem).
Resta saber, por fim, se existe relação entre tal cultura antiga e mesopotâmia e a nossa.
Resta saber, por fim, se este vocábulo fé, empregado religiosamente, tem algum significado para nós.
Temos algum pacto? Nós nos comprometemos em alguma época com algum desses Deuses?
É tudo por enquanto.

Um comentário:

  1. Nunca havia pensado sob esse prisma. Refletia sempre que a fé era andar pelas águas, alcançar outros lugares mais longe do que a limitação humana possa alcançar ou conseguir a cura para alguém. A fé antes para mim consistia em algo físico e agora consigo visualizar este termo e vivê-lo como um estado moral de fidelidade àquilo que prometemos, para si mesmo ou para outrem.

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